ATA DA NONAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 22-10-2009.

 


Aos vinte e dois dias do mês de outubro do ano de dois mil e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Pedro Car, Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Carlos Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Pancinha, Marcello Chiodo, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Aldacir José Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 212/09 (Processo nº 4333/09); pelo Vereador Mauro Zacher, o Projeto de Lei do Legislativo nº 207/09 (Processo nº 4271/09). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 594417, 599684 e 602648/09, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; 3168/09, da Senhora Clarice Kempf da Silva, Supervisora Substituta de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal – CEF –; s/nº e s/nº, da Câmara dos Deputados. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se o Vereador Luciano Marcantônio e a Vereadora Maria Celeste. A seguir, o Senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos Vereadores Caique Ferrante, Jonny Stica, Juliano Borghetti e Zé Maria, da Câmara Municipal de Curitiba – PR –, convidando Suas Excelências a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra ao Vereador Zé Maria, que se pronunciou acerca das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores Toni Proença, Aldacir José Oliboni, DJ Cassiá, João Pancinha, Paulinho Ruben Berta, Mauro Zacher, Pedro Ruas e João Antonio Dib, que se manifestaram acerca do assunto em debate. Também, o Senhor Presidente procedeu à entrega, aos Vereadores Caique Ferrante, Jonny Stica, Juliano Borghetti e Zé Maria, de exemplares do livro “Porto Alegre, uma visão de futuro” e convidou os Senhores Vereadores para posarem para fotografia com os visitantes. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os Vereadores João Pancinha, Luiz Braz, Mario Manfro e Mauro Pinheiro. Na ocasião, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos trabalhos deste Legislativo no dia de hoje. Em prosseguimento, por solicitação do Vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Sérgio Jorge Marques, falecido no dia de ontem. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os Vereadores Tarciso Flecha Negra, Fernanda Melchionna, Paulinho Ruben Berta, Nelcir Tessaro, Aldacir José Oliboni e João Antonio Dib. Na oportunidade, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos trabalhos da presente Sessão, tendo-se manifestado a respeito os Vereadores João Antonio Dib, Valter Nagelstein e Haroldo de Souza. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o Vereador Haroldo de Souza. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, pronunciou-se o Vereador Valter Nagelstein. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Vereador Gilmar Peruzzo, da Câmara Municipal de Nova Prata – RS. Em continuidade, foram apregoados o Projeto de Lei do Legislativo nº 218/09 e o Projeto de Resolução nº 042/09 (Processos nos 4431 e 5043/09, respectivamente), de autoria da Mesa Diretora. Também, foi apregoado o Ofício nº 779/09, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo n° 035/09 (Processo nº 5039/09). Ainda, foi apregoado o Memorando nº 055/09, de autoria da Vereadora Maria Celeste, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando autorização para a Vereadora Sofia Cavedon representar externamente este Legislativo, no dia de hoje, no Encontro Regional Sul do Plano Nacional de Educação, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, pronunciou-se a Vereadora Maria Celeste. Às quinze horas e cinquenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezesseis horas e um minuto, constatada a existência de quórum. Às dezesseis horas e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Adeli Sell e Toni Proença e secretariados pelo Vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. João Pancinha está com a palavra em Comunicações. (Pausa.)

O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Srs. Vereadores, conforme eu me pronunciei ontem na tribuna, hoje pela manhã, às 11h30min, tive um encontro com o Sr. Regis, Diretor Administrativo da Carris, quando, pessoalmente, pude tirar a dúvida em relação ao pronunciamento de ontem sobre os 33 novos ônibus adquiridos pela Carris: se eles têm ou não a condição, o equipamento necessário para que o cadeirante tenha a sua acessibilidade garantida. Estive por um bom tempo na Carris, onde, além de conversar com o Diretor Administrativo, pude conversar com vários motoristas da empresa, a exemplo do Sr. Isaque Rocha, que trabalha na empresa há 16 anos. Comprovei que os 33 novos ônibus adquiridos da Volvo, modelo B7RLE, têm acesso para cadeirantes e deficientes visuais; é o equipamento low-entry, com piso baixo e suspensão regulável. Segundo os funcionários da própria Carris, não existe nada mais moderno hoje em nível de Brasil, em nenhuma empresa pública ou privada de transporte coletivo, para garantir o acesso aos cadeirantes. A Carris, portanto, está de parabéns por ter dado a atenção que as pessoas com deficiência merecem, relativamente à sua inclusão social. Inclusive, conheci um desses ônibus; além da garantia de acessibilidade, são os mais modernos que existem no mercado.

Era essa a mensagem que eu queria trazer, ontem eu havia me comprometido de trazê-la, no sentido de esclarecer a dúvida com relação à preocupação e à seriedade da Carris com as pessoas com deficiência. Lá comprovei que a Carris está atendendo plenamente a nossa exigência, visando a inclusão social das pessoas com deficiência. E, no dia da entrega desses ônibus para a sociedade - esses ônibus são dos cidadãos de Porto Alegre, não são da empresa -, a Carris me disse que convidou todos os Vereadores desta Casa para participarem da entrega. A Direção da empresa me pediu que, formalmente, colocasse à disposição - a qualquer dia, em qualquer horário - as portas da Carris, para que os Vereadores estejam lá e comprovem isso que eu trouxe. A Carris está aguardado a visita de qualquer Vereador, para que perceba não só os avanços da gestão Fogaça em relação à acessibilidade nos transportes coletivos, mas toda a modernização e todo o avanço administrativo da Carris em relação às gestões passadas. Agradeço ao Diretor Regis e aos meus demais colegas a atenção e ao Presidente Adeli pelo tempo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações. (Pausa.)

A Verª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero abordar dois temas nesta tribuna que acho extremamente importantes, temas que diuturnamente estamos trabalhando aqui nesta Casa. O primeiro deles é a questão do Plano Diretor. Penso que temos avançado muito nas nossas discussões, Ver. DJ, que nos acompanhou pari passu na V Relatoria, na qual tratamos das Áreas de Interesse Social, Cultural e de Preservação Permanente da nossa Cidade. É uma discussão extremamente importante do ponto de vista cultural, do ponto de vista da revitalização das Áreas de Interesse Cultural da Cidade e também sobre o aspecto ambiental.

Temos feito um grande esforço, os Vereadores que participam desta Comissão, no sentido de verificarmos pontualmente uma a uma as Emendas que foram apresentadas, aquelas em que temos algumas divergências. Estamos tendo, neste momento da Comissão, coordenada pelo Ver. João Antonio Dib, a responsabilidade de um olhar sobre o todo da Cidade e, sobretudo, do enfrentando de matérias que, do ponto de vista apenas de adequação técnica e redacional, podem ser superadas, preservando a intenção das Emendas propostas pelo Fórum de Entidades e dos Vereadores desta Casa, que se propuseram a trabalhar e discutir esse tema. Penso que avançamos muito. Precisamos de tempo para essa discussão, acumulando conceitos e produzindo acordos necessários para a formatação das Emendas, otimizando o nosso tempo na Comissão e trazendo o acúmulo desse trabalho para o próximo período, que se dará aqui no plenário, pois em alguns aspectos, em algumas emendas, não temos como acordar discussões em cima de temas menos complexos, como é a questão da redação. Portanto, então de parabéns os Vereadores que estão atuando nesse tema; estão fazendo um grande esforço para que possamos trazer um acordo de várias Emendas já discutidas e relatadas. Só para os senhores terem uma ideia, foram apresentadas 340 Emendas ao Plano Diretor, e já foram avaliadas mais de 220. Portanto, o esforço dessa Comissão está sendo respaldado por todos nós.

O segundo tema de intensa relevância para nós, do Plenário, é o que diz respeito à Comissão Especial que está tratando da alteração de proposta da legislação dos conselhos tutelares na cidade de Porto Alegre. Também essa Comissão Especial, que foi produzida por esta Casa e está sob a Presidência do Ver. Bernardino Vendruscolo, tendo sob a minha Relatoria e a minha responsabilidade produzir um Relatório Final, está pari passu acompanhando todo esse processo, essa discussão na Cidade. Ontem recebemos aqui - já foi apregoado neste Plenário - a proposta de alteração do processo eleitoral e também de adequação de prazos necessários para o processo eleitoral dos conselheiros tutelares. Aproveitamos este momento e esta discussão para dizer à Cidade que a questão do conselho tutelar não se restringe apenas a um processo eleitoral, temos feito essa discussão junto aos próprios conselheiros, ao Ministério Público, ao Judiciário da nossa Cidade, sobre a relevância e importância desse trabalho na cidade de Porto Alegre, especialmente no que tange à proteção das crianças e dos adolescentes. Vejam a importância desse novo instrumento; há vinte anos no Brasil, a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente, Ver. Pedro Ruas, tivemos, então, a oportunidade de ter essa legislação presente no País e, portanto, adequá-la em todos os Estados e Municípios brasileiros.

Ainda existem Municípios brasileiros que sequer têm conselho tutelar, e temos uma dura realidade no Estado do Rio Grande do Sul: muitos conselhos tutelares que foram instalados não têm as mínimas condições de trabalho, não só porque não têm a retaguarda necessária nos temas da exploração sexual, da drogadição, temas que dizem respeito à violação de direitos, mas também pela própria estrutura dos conselheiros e dos conselhos configurados nas cidades do nosso Estado do Rio Grande do Sul. Esse tema está vindo por meio de um Projeto de Lei de adequação de algo que já iniciamos em 2006 com a qualificação do trabalho aqui na Cidade, especialmente com a qualificação da legislação. Vamos ter muito trabalho no próximo período nesta Casa, votando, aprovando a questão do Plano Diretor, mas também já preocupados com esse novo Projeto que o Executivo nos enviou no dia ontem, tratando da reformulação dos conselhos tutelares na cidade de Porto Alegre. Obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu quero chamar para participarem da Mesa dos trabalhos os Vereadores visitantes da cidade de Curitiba: Ver. José Maria Alves Pereira, Ver. Caique Ferrante, Ver. Juliano Borghetti e Ver. Jonny Stica. É uma honra receber os Vereadores de Curitiba aqui em Porto Alegre. No ano passado tivemos o prazer - o Ver. Melo, o Ver. Braz, outros Vereadores e eu - de estar em Curitiba e sermos recebidos pela Mesa Diretora dos trabalhos daquela Câmara de Vereadores coirmã. (Pausa.)

Vou aproveitar a presença dos Vereadores que estão aqui em Porto Alegre para um evento da área da Educação e passar a palavra ao Vice-Presidente da Câmara de Curitiba, o nosso visitante Ver. José Maria, para fazer uma breve saudação aos nossos colegas aqui da Câmara Municipal.

 

O SR. JOSÉ MARIA ALVES PEREIRA: Primeiramente, eu gostaria de agradecer por esta acolhida carinhosa. Realmente, o povo do Sul, principalmente o povo de Porto Alegre, sabe como receber os seus irmãos, os seus amigos. Nós tivemos a oportunidade, recentemente, de receber alguns Vereadores aqui da cidade de Porto Alegre lá em Curitiba, com o que nos sentimos muito honrados. Nós viemos para cá para aprender. Vamos participar de um encontro na área da Educação, no Encontro da Área Sul, quando se discutirá a questão da educação nacional, e, também, da educação regional, de cada Município, de acordo com a sua população.

Quero agradecer a V. Exª, Sr. Presidente, a oportunidade de podermos estar saudando os nossos colegas Vereadores. Quero dizer da nossa preocupação... Talvez alguns de vocês possam levantar uma grande bandeira nesta Câmara de Vereadores, que é a bandeira da Educação Especial. Hoje existe em Brasília um tratado para acabar com as Escolas Especiais. Sei o quanto vocês investiram, e nós até copiamos o modelo de vocês em Curitiba. Hoje temos em torno de 42 Escolas Especiais. Um jovem com deficiência mental tem a escola para deficiência mental; um jovem com deficiência auditiva tem a escola para deficiência auditiva, assim como os que têm deficiência visual, física, assim sucessivamente. Hoje, o modelo do MEC, com esse Decreto assinado pelo Ministro Haddad, está querendo acabar com as Escolas Especiais, fazendo com que elas se tornem apenas clínicas de atendimento. Isso coloca o jovem deficiente numa escola regular num contraturno. E não existe a mínima possibilidade de fazer esse contraturno, porque as Escolas Especiais, hoje, prestam um serviço, além da educação, de atendimento na parte neurológica, na parte fisioterápica. Todo jovem que está numa Escola Especial é tratado de acordo com as suas necessidades, o que possibilita recuperar a sua saúde física, a sua saúde mental, e também se investe na educação. O que está acontecendo hoje é que querem fazer uma tal de inclusão. Agora, é muito difícil falar em inclusão de um jovem com deficiência mental severa, ou até de um jovem com duas, três deficiências. Acho que as nossas escolas não estão preparadas para isso.

Por isso estamos levantando esta bandeira, pedindo aos colegas que analisem com carinho esse Decreto assinado pelo Ministro Haddad, que realmente vem na contramão de tudo aquilo que nós investimos nesses 58 anos de Educação Especial no Brasil, que trata as crianças com dignidade e respeito. É o que nós queremos: que os jovens, as crianças, as pessoas com deficiência tenham um tratamento com dignidade, com respeito, porque eles só têm uma diferença de nós. Agradeço a oportunidade, e, se algum de nossos colegas quiser usar a palavra, se V. Exª permitir, Sr. Presidente, eu gostaria muito de ouvir. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Nós é que agradecemos a V. Exª pela intervenção; mais uma vez agradecemos a presença dos nossos colegas de Curitiba. Em nome da Mesa Diretora, cumprimentamos todos e os convidamos a conhecer alguns setores da Câmara de Vereadores. Temos algumas experiências recentes, como a Escola do Legislativo, que é uma escola de dois anos, exitosa. Nós temos o Memorial, acho que é importante para a questão da memória política do Parlamento; temos tido um avanço nessa área de memória, de biblioteca. Enfim, é extremamente importante que a gente possa trocar algumas ideias com os senhores.

O Ver. Toni Proença está com a palavra.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; eu quero, em nome da Bancada do PPS - em meu nome, em nome do Ver. Paulinho Ruben Berta e do Ver. Elias Vidal -, saudar os nossos colegas Vereadores, da nossa querida Capital Curitiba, coirmã: o Caique Ferrante, o Jonny Stica, o nosso Ver. Zé Maria, que é da Bancada do PPS e que fez a sua manifestação, com muita lucidez, em prol da educação, principalmente de quem tem deficiência mental. Contem com a nossa Bancada do PPS e, tenho certeza, com a totalidade dos Vereadores para se somarem às lutas pela educação de qualidade, principalmente pela educação daqueles que precisam muito mais do nosso carinho e da nossa atenção. Parabéns pela luta! Sejam bem-vindos à nossa Cidade.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Adeli Sell; também em nome da Bancada do PT, o Partido dos Trabalhadores, eu quero saudar a visita dos nobres colegas de Curitiba. Quero dizer que estive presente, hoje pela manhã, na abertura do Congresso, marcado pela Deputada Federal Maria do Rosário, que é Presidenta da Comissão Nacional de Educação, em que está se discutindo o Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos.

Acho de extrema importância a participação dos senhores e das senhoras nesses dois dias, quinta e sexta-feira, aqui no prédio do Direito da UFRGS, em Porto Alegre, porque ali nós vamos perceber não só os avanços que o Governo Lula demonstrou, priorizando a educação no País, mas, principalmente, as necessidades primordiais e setoriais que estão sendo levantadas, como o companheiro Vereador acaba de levantar aqui, sobre a questão das Escolas Especiais. É um assunto que está sendo debatido aqui nesta Casa. Nós temos aqui o Ver. DJ Cassiá, que é o Presidente da Comissão de Educação, e a nossa colega Verª Sofia Cavedon; eles estão fazendo uma frente e buscando a interlocução com Brasília, para que, de fato, isso não acabe; muito pelo contrário, que se amplie esse acesso dos portadores de deficiência à escola. Enfim, é de extrema importância que tanto a universidade como as escolas técnicas sejam expandidas por todo o Brasil, para que os cidadãos e as cidadãs tenham acesso à educação. Parabéns! Boas-vindas e sucesso na sua caminhada.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado, Sr. Presidente. Quero dar boas-vindas e parabéns aos nossos colegas de Curitiba. Que Deus abençoe cada um de vocês por essa luta, uma luta por uma causa tão justa. Em nome da Bancada do PTB - do Ver. Tessaro, do Ver. Chiodo, do Ver. Pedro e do Ver. Nilo Santos, que é o nosso Líder -, quero dizer que estamos engajados nessa luta; é uma luta por uma causa que não é local, mas nacional. Precisamos de uma unidade nas nossas Casas nas Capitais e nos Interiores para a defesa desse tipo de educação, que é a Educação Especial. Tivemos já duas reuniões, fizemos um manifesto para levar a Brasília em nome da Verª Sofia, que é da Comissão de Educação junto comigo. Quero dar parabéns aos senhores. Contem conosco! Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. João Pancinha está com a palavra.

 

O SR. JOÃO PANCINHA: Quero dar boas-vindas à delegação de Curitiba; em nome da Bancada do PMDB, saúdo a presença de V. Exas nesta data. Mais do que tudo, Vereador, eu o saúdo pelo breve pronunciamento, porque essa questão da Escola Especial, da inclusão que estão fazendo, sem dúvida nenhuma vai acarretar um prejuízo muito grande a quem mais necessita, que são as crianças com dependência, crianças com deficiência. Nós aqui, assim como Curitiba, temos várias instituições que tratam justamente dessas crianças com dificuldades. Se fizermos com que elas tenham de ir para uma escola, entre aspas, normal, isso vai acarretar um prejuízo para as crianças; vai acarretar um prejuízo para os familiares e para as crianças. Então, é um dever nosso, dos Vereadores, utilizar os nossos Deputados Federais para que lá em Brasília combatamos essa lei, que realmente vai trazer enormes prejuízos justamente a essas crianças que são mais necessitadas. Saúdo Vossas Excelências. Contem com a Bancada do PMDB sempre que for necessário. Obrigado, um abraço!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr. Presidente, quero aqui, em meu nome e em nome dos Vereadores do PPS de Porto Alegre - tenho certeza de que falo também em nome de todos os 36 Vereadores desta Casa -, saudar os nossos colegas Vereadores de Curitiba: Caique Ferrante, Ver. Zé Maria, Jonny Stica e o Juliano Borghetti. Quero dizer o seguinte: nós ficamos muito felizes, muito satisfeitos e muito orgulhosos que Curitiba esteja também nessa luta pela educação, e queremos acrescentar a qualificação e a oportunidade, porque hoje achamos que a Educação é fundamental para o desenvolvimento do nosso País, principalmente para nós, brasileiros, mas também a oportunidade e a qualificação vão proporcionar neste País uma revolução muito grande. Então, quero dizer que é um grande orgulho recebê-los, levem o nosso abraço à Câmara de Curitiba, a todos lá e digam que nós estamos aqui e somos parceiros para, juntos, enfrentarmos essa grande luta em Porto Alegre, em Curitiba e no resto do Brasil. Muito obrigado. Parabéns, contem conosco!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra.

 

O SR. MAURO ZACHER: Obrigado, Ver. Adeli. Eu também queria, em nome da Bancada do PDT, dos meus colegas Vereadores, saudar a presença e a visita dos Srs. Vereadores. Estava escutando atentamente as palavras do Ver. Zé Maria, e ficamos muito orgulhosos por Porto Alegre ainda ser vista como berço do debate, da discussão das Políticas Públicas de Educação, embora nós sejamos de uma Bancada que está cobrando, permanentemente, investimento. Estamos muito longe ainda da educação ideal que gostaríamos para o nosso Estado aqui.

Mas quero também reafirmar aos Srs. Vereadores - vejo aqui o Ver. Jonny Stica, que é o Vereador mais jovem lá de Curitiba - que nós temos citado Curitiba aqui permanentemente, e o Ver. Adeli tem sido um desses Vereadores. Há poucos dias, fizemos um almoço e tivemos a visita do Jaime Lerner. Curitiba tem sido uma referência nossa diária no que diz respeito ao planejamento do desenvolvimento da cidade sustentável, inclusive na questão de mobilidade. Então, é assim que se constroem cidades, quando se tem cidades vizinhas, Capitais que realmente enfrentam problemas muito parecidos, e os conflitos estão muito concentrados nas grandes Capitais. Quero dizer que nós, sistematicamente ou diariamente, estamos citando Curitiba, temos contato com grandes personalidades, como é o caso do ex-Governador Jaime Lerner, que já esteve aqui em Porto Alegre mais de uma vez trazendo as suas experiências como governante e como arquiteto reconhecido por todos nós. Recebam uma saudação muito especial, sintam-se sempre bem à vontade e acolhidos na nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Ver. Adeli Sell, na presidência dos trabalhos; Vereadores de Curitiba, é uma honra recebê-los. Eu quero dizer que, em 1995, representei esta Casa num estudo em Curitiba sobre a cidade e seus avanços. Na época, chamava-nos a atenção a Rua 24 Horas, a Rua da Cidadania, os Faróis do Saber, o IPPUC, que era uma usina de projetos, a Ópera de Arame, enfim, eram “n” projetos de Curitiba que Porto Alegre precisava conhecer e trazer algo para debate e estudo aqui. E fui honrado por esta Casa, Ver. Adeli Sell, compareci a Curitiba e aprendi sobre esses projetos, que admiro até hoje. Fui muito bem recebido em Curitiba, cidade encantadora de povo acolhedor. Portanto, gostaria que os nossos colegas de Curitiba sentissem também Porto Alegre como se fosse a sua casa. Ficamos à disposição. Trazemos as saudações do PSOL. Sejam bem-vindos!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; eu quero saudar os meus colegas de Curitiba, eu estou no 10º mandato, sou o mais antigo da Casa e quero dizer que Vereador é um trabalhador permanente. Dia 1º de outubro foi o Dia do Vereador, e ninguém se lembrou dele. Mas, na verdade, sempre que há um problema, o Vereador é chamado, porque ele mora naquela rua, porque ele mora naquele bairro ou porque ele tem um amigo, um conhecido. Agora mesmo, nós tínhamos uma reunião com um bairro da Cidade que está contrariado com um acontecimento, uma obra da Prefeitura, e nós vamos fazer reunião com eles, provavelmente até fora da Casa. Vereador é um servidor público, tem que se convencer de que está para servir e não para ser servido.

E uma coisa: Vereador não precisa fazer leis. Há uma preocupação muito grande dos Vereadores de legislar. Eu acho que nós precisamos fiscalizar as leis existentes, especialmente a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento. Lá em Curitiba, nós temos o IPPUC, que cuida do desenvolvimento da cidade. Aqui, o nosso Presidente pretende fazer um instituto semelhante, espero que consiga, é claro que depende do Executivo e não do Legislativo, mas o Legislativo dá toda a força. Então, nós, Vereadores, temos que trabalhar, e se trabalha mesmo que não haja reunião, nós temos sempre, o dia inteiro, alguma coisa para fazer: o telefone toca em casa, o telefone toca no gabinete, o amigo nos encontra na rua, nós vamos a um restaurante e há uma reclamação, nós temos que servir. Isso é muito importante. Agora, não devemos fazer muitas leis. Lei deve ser sempre clara, precisa, concisa, para ser respeitada. Vejam a nossa Constituição, há uma quantidade imensa de artigos que ainda nem foram regulamentados. É o próprio caso dos Vereadores; o Tribunal Eleitoral teve que regulamentar para os Deputados Federais se lembrarem que era obrigação deles de vinte anos atrás, de quando se fez a Constituição. Eu desejo a vocês sucesso, a toda Câmara, à cidade de Curitiba, que é uma belíssima cidade; que vocês sejam sempre muitos felizes. Saúde e PAZ!

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Vamos entregar para os colegas Vereadores de Curitiba o livro “Porto Alegre, Uma Visão de Futuro”, um trabalho que começou com um grande Fórum, um evento que fizemos no ano passado, e, a partir disso, nós construímos este livro, para discutir fundamentalmente as questões urbanas da nossa Cidade. Sei que vocês, em Curitiba, têm uma grande experiência nessa área, e creio que, com este livro que vamos passar às mãos de V. Exas, nós possamos também criar maiores contatos entre as duas Câmaras Municipais. Muito obrigado, tenham uma boa estada em Porto Alegre. Boa-tarde!

 

(Procede-se à entrega dos livros.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Conforme combinamos com todos os Vereadores, nós vamos concluir rapidamente o período de Comunicações e entrar no Plano Diretor.

O Ver. João Pancinha está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO PANCINHA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste nas galerias, pela TVCâmara e pela Rádio Web, eu quero trazer mais uma vez o tema da Frente Parlamentar do Parque Harmonia, o parque temático. Esse tema é um assunto recorrente na Cidade. O Ver. Bernardino Vendruscolo é um ativista do tradicionalismo, ele e outros Vereadores estão trabalhando nesse sentido também. Então, antes de propor essa Frente Parlamentar, eu conversei com o Ver. Bernardino, e, em conjunto, acordamos em tocar em frente essa Frente Parlamentar. Ocorre que o nosso Parque Harmonia serve de palco no mês de setembro para o Acampamento Farroupilha, que é tradicional aqui em Porto Alegre, acontece há mais de vinte anos, mas a Capital do Estado não tem um ponto do tradicionalismo do Rio Grande do Sul. Quando queremos trazer turistas para cá - amigos de outros Estados ou do interior do Estado -, não temos onde os levar para conhecer as tradições do nosso Estado, Pedro Car. A proposta da Frente Parlamentar é de elaborarmos, estudarmos, profundamente, junto com a sociedade, com o Legislativo, com o Executivo, juntamente com a temática cultura do Orçamento Participativo, a criação de um projeto para tornarmos o Parque Harmonia um parque temático sobre a cultura gaúcha, funcionando durante o ano inteiro.

 

O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pancinha, é linda a sua ideia, brilhante! É uma luta justa e bonita, porque a Copa do Mundo está aí, e o turista vai querer conhecer a nossa Porto Alegre, bonita, cheia de locais turísticos, como também a nossa cultura, os nossos gaudérios, a nossa Semana Farroupilha, que devem ficar marcados durante o ano todo. Obrigado.

 

O SR. JOÃO PANCINHA: Obrigado, Ver. Tarciso, pelo aparte. É justamente essa a ideia, de que tenhamos, na Capital do Rio Grande do Sul, um parque temático ativo durante o ano inteiro, não somente no mês de setembro, no Parque da Harmonia, quando, por diversas vezes, encontrei também o Ver. Ervino Besson - que é um tradicionalista -, para onde poderemos levar os turistas para conhecerem a cultura do Rio Grande do Sul. Teremos a fazendinha, a cutelaria, a tradição do Rio Grande do Sul retratadas no Acampamento Farroupilha. Isso é importante, justamente nesse momento em que os holofotes do mundo inteiro se voltam para o Brasil, quando seremos uma das sedes da Copa do Mundo e receberemos diversos turistas, inclusive nacionais - que já ouviram falar da cultura gaúcha -, que terão nesse espaço um local para conhecer a cultura do Estado.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu querido amigo Ver. Pancinha, eu faria um pedido, pela consideração, pela amizade que tenho por V. Exª, para que converse com o Ver. Bernardino - também conhecedor das questões tradicionalistas -, que V. Exas troquem ideias sobre o assunto, porque assim partiríamos fortalecidos, e eu também gostaria de participar. Sou grato a Vossa Excelência.

 

O SR. JOÃO PANCINHA: Muito obrigado, Ver. Ervino. Eu comecei o meu pronunciamento comentando que a primeira pessoa com quem conversei sobre a Frente Parlamentar foi com o Ver. Bernardino, para que, de uma forma conjunta, pudéssemos, Ver. Bernardino, formar essa Frente Parlamentar e, realmente, tornarmos o Parque Harmonia num parque temático do Rio Grande do Sul.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) É verdade, Ver. Pancinha, nós temos que nos somar. Até hoje não temos absolutamente nada nesse sentido; nós já perdemos para os Estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná; eles estão além naquilo que diz respeito à cultura tradicionalista gaúcha. É muito lamentável que os Governos, até hoje, não tenham visto, nesse segmento, um grande negócio.

Eu entendi a preocupação do Ver. Ervino Besson, até porque nós temos aqui a Frente Parlamentar do Turismo, e os assuntos relativos ao tradicionalismo ficaram com este Vereador. Mas eu acho que, nós nos somando, vamos chegar lá. Não podemos aceitar que, com a proximidade da Copa, ainda não tenhamos nada, absolutamente nada para apresentarmos da nossa cultura tradicionalista gaúcha, que está no mundo inteiro. Até bem pouco tempo tínhamos o Restaurante do Tio Flor, o Restaurante João-de-Barro, a Pulperia, mas hoje não temos nada. É lamentável! Obrigado.

 

O SR. JOÃO PANCINHA: Muito obrigado, Ver. Bernardino.

Então, eu convido todos os Vereadores e Vereadoras para que façam parte desta Frente Parlamentar, que, juntamente com o Executivo, com o Orçamento Participativo, com o MTG e as demais comunidades ligadas ao Tradicionalismo, venham concluir o projeto de um parque temático para trazer turistas ao Estado do Rio Grande do Sul e a Porto Alegre. Muito obrigado pela atenção e um abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero saudar aqui o Pedro Car, que vem para abrilhantar este Plenário com a sua presença, com a sua inteligência; quero saudar o trabalho que faz na Região Sul da nossa Cidade. Sei, realmente, que é um trabalho reconhecido, tanto é que traz V. Exª, também, para essa representação.

Srs. Vereadores, Ver. Adeli Sell, nós estamos trabalhando, já há bastante tempo, para fazermos com que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano possa ser moldado à situação atual e modernizado com relação ao Estatuto da Cidade. Mas eu acredito que nos faltam algumas informações para que alguns itens do Plano Diretor sejam votados com mais consciência. É claro que estamos votando agora aquilo que se estabelece como consenso entre todos os Vereadores, os de oposição e os de situação. Acho que foi uma boa medida tomada pelos Srs. Vereadores, porque, afinal de contas, esse consenso, esse entendimento faz com que estejamos progredindo, e muitas Emendas com as quais, às vezes, gastaríamos tempo discutindo aqui no Plenário estão sendo aprovadas ou rejeitadas de acordo com as negociações feitas por todos os Vereadores do Plenário. Quero saudar, principalmente, o meu querido amigo Ver. Reginaldo Pujol, as minhas amigas Maria Celeste e Sofia, o Ver. Comassetto, Vereadores que têm se envolvido bastante nas negociações para que essas Emendas possam ser aprovadas ou rejeitadas.

Daqui a pouquinho, vamos começar a discutir o problema vinculado às alturas. Nós não podemos fugir disso, porque a Cidade, a sociedade, no geral, quer saber de itens como esse e também sobre os afastamentos, que estão vinculados ao adensamento de cada uma das regiões. E, quando chegarmos a esse ponto, Ver. Oliboni, vão nos faltar dados, porque nem os Governos anteriores e nem o atual apresentaram um estudo confiável com relação aos adensamentos das diversas regiões da Cidade. Então, como nós não temos esse estudo confiável... No ano passado, quando da revisão do Plano Diretor, fiz um Requerimento solicitando ao Executivo um estudo para nos atualizar com relação a esses adensamentos. Então, quando formos votar, por exemplo, a possibilidade - é uma das emendas que nós temos nesta revisão - de adensar aquela região do Menino Deus, eu não sei se a infraestrutura daquela região comportaria qualquer tipo de adensamento, ou se a estrutura que nós temos naquela região comporta até mesmo o adensamento que nós temos hoje. Então, como vou votar novas emendas, se aquilo vai comprometer o adensamento daquela região ou em qualquer outra região da Cidade?

Acho que deveríamos, Ver. Adeli Sell - Vossa Excelência é uma das Lideranças deste Plenário -, solicitar ao Executivo Municipal que, através dos seus técnicos, pudesse fazer - Ver. Pancinha, V. Exª é um técnico na área, muito tempo trabalhou no DEP e muito nos honra com sua presença neste Plenário - um estudo a respeito das diversas áreas da Cidade, para nos conscientizar sobre quais áreas já estão saturadas pela infraestrutura existente na região e sobre as que ainda suportariam algum tipo de adensamento. O Executivo poderia, pelo menos, iniciar esse estudo, a fim de que nós, ao votarmos emendas que mexem com a altura dos prédios, com a construção de novas casas, estivéssemos conscientes do que poderíamos ou não mexer em relação à infraestrutura existente. Realmente é uma falha; nem as Prefeituras passadas, nem a atual apresentaram esses estudos com relação ao saturamento ou não nas diversas regiões da Cidade. Acho que esse estudo precisa ser feito e com urgência.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Quero lembrar que há um acordo para terminarmos a Sessão e começarmos a reunião da Comissão do Plano Diretor. No entanto, os titulares do Plano Diretor não estão todos presentes aqui, portanto vamos tocando a agenda conforme o espelho.

O Ver. Mario Manfro está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MARIO MANFRO: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e os que nos assistem, ocupo hoje esta tribuna para fazer uma homenagem - até antecipada, porque dia 25 de outubro é domingo, mas esta é a última oportunidade que eu tenho de ocupar esta tribuna: no dia 25 de outubro se comemora o Dia do Cirurgião-Dentista. Então, eu quero fazer uma saudação especial a todos os meus colegas, faço uma saudação especial a todos os profissionais da área de Odontologia pelo seu dia.

O dia 25 de outubro é o Dia do Cirurgião-Dentista porque, em 1884, nessa data, foi assinado um Decreto criando os primeiros cursos de graduação em Odontologia no Brasil - no Rio de Janeiro e na Bahia. Se por um lado nós, brasileiros, temos muito a nos orgulhar da classe odontológica, porque a Odontologia do Brasil é uma das mais qualificadas do mundo, através dos seus profissionais, através dos seus cursos de graduação; por outro lado, temos que refletir no sentido de que muito tem que ser feito na área de Saúde Pública pela classe odontológica, pela Odontologia, principalmente pela população que precisa desses profissionais e desses serviços.

Alguns dados que eu trouxe aqui são estarrecedores, eu já disse numa outra vez aqui desta tribuna, mas agora acrescentei alguns outros dados: cerca de 60 milhões de pessoas - um terço dos brasileiros - nunca foram ao dentista; 40 milhões de pessoas no País são desdentadas.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Manfro, primeiramente, em nome da Bancada do PDT, nós queremos saudá-lo e abraçá-lo, porque V. Exª é um dentista, e nós sabemos que essa profissão, Vereador, é muito digna; o visual, a estética, a alimentação das pessoas estão aqui, estão no dente. Portanto, além de abraçá-lo pela segunda vez, como dentista que honra a sua profissão, nós queremos abraçar toda a categoria, tão nobre e tão profissional, formada pelos nossos queridos dentistas. Um abraço muito fraterno.

 

O SR. MARIO MANFRO: Muito obrigado, Vereador.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Manfro, é com muita satisfação que eu também me agrego a esta sua homenagem, tão bem-vinda aos nossos cirurgiões-dentistas e cirurgiãs-dentistas, que, no dia 25 de outubro, agora, comemoram a sua data. Nós estamos muito próximos, pois médico e dentista trabalham muito juntos; comemoramos o nosso dia até no mesmo mês - o Dia do Médico foi 18 de outubro, na semana anterior. Esperamos estar cada vez mais juntos na área da Saúde.

 

O SR. MARIO MANFRO: Perfeito. São duas profissões que têm, realmente, tudo a ver.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Manfro, com toda a certeza, essa saudação que V. Exª faz aos dentistas, aos profissionais dessa área, é uma saudação de toda esta Casa, porque a Odontologia, eu acredito, foi uma das ciências que mais se desenvolveram nos últimos tempos, que mais trouxeram alívio para o conjunto da população. Cumprimento Vossa Excelência.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mario Manfro, meu colega membro da COSMAM, saúdo a sua manifestação, também destacando a importância desse dia, sobretudo ressalto a qualidade da Odontologia brasileira, que se destaca mundialmente com grandes profissionais que desenvolveram tecnologias, como é o caso das resinas, antes importadas a preços estratosféricos e, hoje, produzidas por técnicos do Brasil, mais precisamente pelos nossos amigos gaúchos.

Então, receba nossos cumprimentos. Logo mais estaremos na distribuição de comendas, representando a COSMAM no Conselho Regional de Odontologia.

 

O SR. MARIO MANFRO: Que bom saber que o Vereador vai estar lá, estaremos lá também.

 

O Sr. Engenheiro Comasseto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero cumprimentá-lo, prezado Ver. Manfro, e cumprimento todos os odontólogos do Rio Grande do Sul, do Brasil. Temos uma agenda e lutamos para que os centros de excelência em tratamento bucal se instalem no Município, na plenitude. Nesse sentido, conte conosco.

 

O SR. MARIO MANFRO: Muito obrigado pelas manifestações de apoio.

Eu quero apenas reforçar que, realmente, a Odontologia, embora tão meritória, tem ficado não diria desconsiderada, mas em segundo plano em termos de políticas públicas, isso historicamente, e nós precisamos reverter esse quadro. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. Toni Proença, que preside a Sessão; boa-tarde às Vereadoras, aos Vereadores e ao público que nos assiste pelo Canal 16. Eu venho hoje a esta tribuna, em Comunicações, falar um pouco da Zona Norte de Porto Alegre, Ver. Comassetto, pelos diversos problemas que a região tem enfrentado. E não só a Zona Norte tem problemas - nós sabemos disso, não é, Ver. Comassetto? -, mas toda a cidade de Porto Alegre enfrenta grandes dificuldades, principalmente nas áreas de habitação, segurança. Ao andar pela Cidade, a gente tem acompanhado esse problema de perto, muitas vezes nos sentimos até impossibilitados de ajudar, mas sempre procuramos buscar - não é, Ver. DJ Cassiá? -, junto a esta Casa, ao Governo, soluções para ajudar as comunidades da nossa Cidade, pelas quais fomos escolhidos, pelo voto popular, para representá-las.

Na semana passada eu fui procurado por uma série de comerciantes do Jardim Leopoldina e do Rubem Berta, eles estavam preocupados com assaltos na região, pois diversos estabelecimentos comerciais estavam sendo assaltados quase que diariamente - os comerciantes até têm feito uma brincadeira para saber quem será o sorteado do dia, pois, quase todos os dias, pelo menos um é assaltado. Eu fui ao Comando do 20º Batalhão, conversamos com o comandante da região, junto com alguns comerciantes, e ele nos mostrou as dificuldades que eles vêm enfrentando, como a falta de viaturas, de efetivo, mas, a partir disso, disse-nos que iria fazer uma ação mais forte na região. No entanto, uma semana depois, Ver. Tessaro, eu fui surpreendido ao saber que os próprios comerciantes que foram até o Batalhão reclamar da segurança já haviam sido assaltados novamente, isso uma semana após a ida até o 20º Batalhão. Então procuramos os meios de comunicação, fizemos um pedido, e saiu uma reportagem em diversas emissoras com alguns comerciantes da região que, corajosamente, falaram e colocaram o seu rosto na imprensa pedindo segurança, tal é o grau de insegurança naquela região. Com isso, agora recebi o relato desses comerciantes dizendo que melhorou um pouco a segurança, tendo em vista que a Brigada tem feito um esforço naquela região.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, eu gostaria de me somar à sua iniciativa e dizer que a segurança, realmente, não é um problema apenas do bairro Rubem Berta, infelizmente. O bairro Petrópolis também tem tido problemas com segurança; para V. Exª ter uma ideia, há um minimercado na frente de um condomínio que foi assaltado quatro vezes, e o proprietário, o Seu Antônio, teve que colocar placas de metal. Ele tem uma estratégia de fuga, uma arma e fechou tudo, está praticamente dentro de uma trincheira. Há quinze dias, um outro senhor, também chamado Antônio, foi assassinado ali na frente quando ocorreu um assalto, e a comunidade está indignada com isso. Então, isso é um clamor popular, e nós, como Vereadores, temos que avançar também muito nessa matéria.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. Dr. Raul.

Além disso, também fui procurado, na semana passada, por diversos moradores da Região Norte, da região do Santa Fé, Parque Imperatriz, tendo em vista a insatisfação dessas pessoas com a região, pela falta de estrutura do bairro, que não tem escolas e postos de saúde. Então, nós fizemos um movimento, junto com a Presidência desta Casa, trouxemos uma comissão da região, tendo em vista que a população cresce muito, e as pessoas da Vila Dique, da Vila Nazaré estão indo para lá. Não somos contra a ida dessas vilas para dentro da Região Norte, mas queremos a busca de estrutura pelo Governo Municipal, para que as famílias possam se estabelecer. Nós não podemos fazer da Região Norte um depósito de pessoas. Temos que ter o cuidado quando deslocamos essas vilas, que precisam ser removidas, que precisam ter moradias mais dignas; elas precisam de um local apropriado, para que não se crie um conflito entre bairros, e isso poderá acontecer se nós e a Prefeitura não tivermos esse cuidado. Por isso eu faço um apelo ao Governo Municipal: que tenha cuidado na hora de escolher um local adequado, que essas pessoas possam estar próximas ao local das suas moradias, que não as coloquem distante dos seus trabalhos, das suas escolas, dos seus postos de saúde, com os quais estão habituadas.

 

O Sr. Dr. Thiago Duarte: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, eu me somo à sua manifestação, fazendo convite para que todos os Vereadores, nas suas comunidades adscritas, possam fomentar o controle social da segurança, que se baseia especialmente no Consepro. Ontem estivemos no Extremo Sul, na instalação e na formalização de um Consepro para a região, para que efetivamente o controle social possa atuar também nessa área.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Muito obrigado pela sua contribuição, Dr. Thiago.

Concluindo, eu queria dizer que, como Vereadores, nós temos a obrigação de estar junto com as comunidades, trazer os problemas para dentro desta Casa, debatê-los. Infelizmente, ontem - já solicitei as notas taquigráficas -, parece que fui mal entendido por um Vereador. Antes de subir a esta tribuna e fazer a discussão, eu quero ver as notas taquigráficas, porque ele nos citou dizendo que éramos contra as vilas populares. O Ver. Paulinho Ruben Berta, que é do Rubem Berta junto comigo, sabe que nós não somos contra; nós somos, sim, a favor de melhores condições e vamos lutar sempre para que a população do bairro Rubem Berta e das vilas desta Cidade tenham melhores condições de vida.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Sr. Presidente, na linha do pronunciamento do Ver. Mauro Pinheiro, eu pediria que V. Exª e os demais colegas Vereadores prestassem um minuto de silêncio para Sérgio Jorge Marques. Esse cidadão morador da Estrada Gedeon Leite, meu amigo, amigo da comunidade, colaborador da comunidade, ontem estava aguardando a chegada de sua filha, ele tem problemas físicos, mas nem por isso a bandidagem poupou a sua vida. Fica aqui, meu caro colega Vereador, o pedido para que esta Câmara preste a sua homenagem a esse cidadão que tanto fez e partiu desta vida dessa forma, tão covarde e tão cruel, como aconteceu, no dia de ontem, a esse cidadão. Que Deus ilumine a caminhada da sua família!

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Aceito o seu Requerimento, Ver. Ervino. Convido a todos para observarmos um minuto de silêncio.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu deixei este assunto para esta semana: sobre a paz nos estádios de futebol. Nós temos aqui muitos conselheiros, do Grêmio e do Internacional, como o Ver. Pedro Ruas, do Grêmio. Eu gostaria muito de, nos estádios de futebol, principalmente nos estádios do Grêmio e Internacional - Olímpico e Beira-Rio -, ver seus dirigentes e torcedores conviverem em paz. Hoje estive participando, na RBS, do Jornal do Almoço, com o Paulo Brito, para falar sobre o Gre-Nal, e ele me disse: “Tarciso, que saudades daqueles Gre-Nais em que levávamos os nossos filhos e havia paz.” Acho que chegou o momento de os dirigentes e jogadores vestirem a camisa da paz e praticarem a paz. É isso, Sr. Presidente, que eu imploro.

Ontem, assisti ao jogo do Milan versus Real Madri, e os dois times entraram juntos em campo, acompanhados de crianças. Aqui a violência começa dentro do vestiário, por quê? O Internacional entra do lado de lá, e o Grêmio entra do lado de cá. É uma vaia para o Grêmio e outra vaia para o Internacional. Por que os dois times não podem entrar juntos, acompanhados das crianças? Aí, sim, estaremos praticando a paz. Ver. João Pancinha, Ver. Mario Manfro, que são conselheiros do Internacional; Ver. Pedro Ruas, conselheiro do Grêmio, por que nossos estádios não podem ter um vestiário amplo, como na Itália, na Alemanha, na França, para que os jogadores entrem juntos, já entrem se cumprimentando e levando a paz para dentro do gramado? Essa paz vai ser transmitida para as arquibancadas, essa paz tem que ser transmitida de dentro do vestiário, Ver. João Pancinha! Ela tem que sair do vestiário, chegar ao gramado e daí ser transmitida - essa paz - para a arquibancada.

Chegou o momento, porque, daqui a pouco, vai ter uma Copa do Mundo no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, e que paz estamos pregando no esporte? A paz da mentira? Reconheço a paz e acredito na paz, mas aquela que nós praticamos e levamos para dentro do estádio. Essa paz de um jogador entrar de um lado, porque tem uma camisa vermelha, ou azul, ou amarela, ou branca e ser vaiado... Ali já começam as brigas da torcida. Muita gente está nos assistindo pela televisão; outros estão nos ouvindo. Caros Vereadores, conselheiros de seus clubes, intervenham junto às suas Direções - Direção do Grêmio, Direção do Internacional - para que se construa um vestiário e que os dois times possam entrar juntos, entrar com as nossas crianças e transmitir essa paz para as torcidas. Porque, senão, Ver. Pedro Ruas, será como tu falavas há meia hora: “Tarciso, lá eu não vou”. Eu também não vou, Pedro Ruas. Não porque é o Internacional, mas, sim, pela violência, e jamais levaríamos os nossos filhos num ambiente de violência. E essa violência também começa no trajeto do Grêmio para o Beira-Rio, ou do Beira-Rio para o Grêmio: a Brigada vem a cavalo, trazendo a torcida. Ali já se mostra, parece que estão indo para uma guerra. Então eu acho que essa não é a forma de transmitir a boa paz para o nosso torcedor, para a nossa Cidade, para o Brasil. Eu acho que transmitir a boa paz é os torcedores irem juntos, para então cada um se dirigir à sua torcida, e que os jogadores possam entrar junto com as crianças e transmitir essa paz de dentro do gramado para a arquibancada. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Toni; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, a palavra que poderia definir o sentimento dos gaúchos, na terça-feira, 20 de outubro, talvez pudesse ser “vergonha”. Vergonha ao assistir, no parlamento, na Assembleia Legislativa, o arquivamento de um processo. E de que maneira? Sem ouvir ninguém, sem julgar prova nenhuma e de maneira matemática, contada a partir da base de apoio do Governo Yeda Crusius, que ganhou, nesse último período, bastantes Cargos de Confiança - se a gente acompanhar o Diário Oficial - e Emendas para as suas regiões do Estado, isso para manter os gaúchos longe da verdade, longe de saberem a origem e o destino do dinheiro desviado dos cofres públicos do nosso Estado.

E por que debateríamos isso na Câmara Municipal? Porque esse assunto também nos diz respeito, como diz respeito também a cada porto-alegrense, a cada gaúcha e gaúcho, inclusive ao nosso País, que vê que a lama da podridão também está presente, entranhada no Senado da República, na Câmara Federal e em muitos órgãos governamentais. E nós, aqui no Estado, temos que nos envergonhar, ou melhor, temos que nos indignar com o que aconteceu ontem no parlamento, que mostrou, mais uma vez, que a Assembleia Legislativa, que deveria ser a Casa do Povo, está de olhos e ouvidos fechados para os reais anseios do povo, para a verdade e, sobretudo, em relação ao ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro que foi desviado.

A Relatoria que julgou o pedido de impeachment, do Fórum dos Servidores... Ao ser indicada como Relatora a Zilá e como Presidente o Pedro Westphalen, todos já imaginaram o que seria e o que na verdade se confirmou na prática: uma Relatoria de fachada, que não fez uma reunião, que não ouviu uma testemunha, que não analisou um documento, não fez nada a não ser garantir que o processo de impeachment da Governadora terminasse em pizza na Assembleia Legislativa! Pizza, digna de tomates mesmo, porque é de envergonhar um Estado, que, num processo tão sério, não deu uma resposta para os gaúchos. E nós temos que “dar nome aos bois”, dos trinta Deputados que cumpriram o papel vergonhoso - vergonhoso! - de esconder da população o real destino da corrupção do Estado, sobretudo votando contra o interesse da maioria dos gaúchos.

Esses Deputados, que não fizeram nenhuma investigação para trazer a verdade aos gaúchos e às gaúchas, da base de apoio, foram contemplados com emendas, com carguinhos. Houve manobras - nisso o PMDB foi a principal base de apoio - para garantir que esse processo terminasse em pizza na Assembleia Legislativa. Curiosamente, inclusive, Ver. Pedro Ruas, esta semana, esse Partido confirmou aliança com o PT. Temos o PT e o PMDB lá, concorrendo à presidência nacional - esse Partido, que garantiu que terminasse toda essa questão em pizza na Assembleia Legislativa, que dirige o Senado da República do José Sarney, é um dos Partidos que estão envolvidos nesses escândalos da Operação Solidária, por exemplo.

A pergunta que fica aos gaúchos e às gaúchas: onde estão os 44 milhões de reais do Detran? Serão ressarcidos os 44 milhões de reais do Detran? E os 300 milhões de reais da Solidária? Onde estão os 300 milhões de reais da Operação Solidária, que não estão nas estradas, que não estão nas escolas, que não estão na Saúde do nosso Estado? Onde está o dinheiro da fraude das barragens? E a mansão da Governadora? E os móveis, colegas?! Um puff e móveis infantis comprados com o dinheiro dos impostos de todos os que estão sentados neste Plenário! Vai ficar assim? Vai terminar em pizza também!? Quer dizer que trinta Deputados resolvem que termine em pizza, que acabe mais uma vez em pizza a investigação da corrupção no nosso Estado, contra 62% da população, que é a favor do impeachment!? E contra o juízo popular, pois todos sabem, todos foram parados aqui para dizer que é uma vergonha o que aconteceu no dia 20 na Assembleia Legislativa! Contra os interesses daqueles que querem ver o dinheiro público ser usado para as instituições públicas, para valorizar a qualidade de vida do povo gaúcho.

Portanto, eu queria trazer a minha indignação - minha, a do Ver. Pedro Ruas, a do PSOL, a da Luciana Genro -, de todos que estiveram, desde o início, envolvidos na investigação e na luta conta a corrupção no nosso Estado. Quero dizer que a luta não acaba aqui, porque a população tem que tirar uma prova dessa experiência do impeachment. Não adianta sermos apenas contra o Governo, temos que botar o povo na rua para mostrar aos Deputados que nós não vamos aceitar corrupção, que nós não vamos aceitar pizza! E lembrem todos: 2010 é ano eleitoral, não nos esqueçamos dos nomes de cada um e de cada uma que estão envolvidos nesse processo. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Só queria lembrar aos nossos colegas e às Lideranças - eu acho que é sagrado o tempo das Lideranças - que nós temos um acordo para a realização da Reunião Conjunta das Comissões. Então, quero propor, neste ínterim, depois da fala do Ver. Paulinho, que possamos realizar a Reunião Conjunta das Comissões, para encaminhar aquele Projeto que já consensualizamos ontem com a Mesa, referente à questão da Secretaria de Turismo. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e todos que nos escutam: ontem, desta tribuna, fiz referência às reportagens realizadas pelos jornais Diário Gaúcho e Zero Hora sobre a violência na região Rubem Berta. E alertei que, se continuar no ritmo em que está, desenvolvendo-se diversos loteamentos naquela região, que têm que ser acompanhados de infraestrutura, em todos os segmentos - saúde, educação, transporte, policiamento... Só que existe um detalhe: se a própria população não chamar para si, não participar da busca de soluções e em parceria com todos, a situação vai continuar como está.

Quero dizer ao Ver. Mauro Pinheiro que a CUTHAB está à disposição para trabalhar na busca de uma solução para ajudar, para somar, pois foi para isso que se formou essa Comissão - refiro-me ao loteamento Santa Fé com a Vila Nazaré, que será transferido para aquela região. E a CUTHAB tinha de estar presente, e eu estava lá, pois é uma obrigação da Comissão. Os moradores do Parque Santa Fé são pessoas bem aquinhoadas, lutaram por isso, trabalharam a vida toda para morar melhor, para ter moradias dignas, mas, por outro lado, os moradores da Vila Nazaré, que serão transferidos para aquela região, têm todo o direito de morar.

Quero dizer aos nobres colegas que não se trata de ficar de um lado ou de outro, mas, sim, de buscar a solução para todos os moradores de lá. Tanto faz que seja para os moradores que estão lá hoje, que gastaram, que trabalharam, que lutaram e que criam suas famílias lá, como para os moradores da Nazaré, que, praticamente, estão indo para lá por uma necessidade. E a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e o Prefeito José Fogaça estão cumprindo com a obrigação de reassentar as pessoas com condições dignas de moradia. Então, não existe esse lado... Se alguém está querendo levar para o lado de que “eu sou contra” ou “eu sou a favor do lado A ou B”, essa pessoa está equivocada, está fora de foco, está fora do sistema. O sistema requer, hoje, todas as cabeças, todos os seres humanos, todos os moradores caminhando na mesma direção, para solucionar o problema crônico de Porto Alegre, que é a falta de moradia, situação que existe há mais de trinta anos.

Este líder comunitário tem trabalhado naquela região há muitos anos pela não desvalorização daquela área, disse há anos e vem dizendo sempre: loteamento sem estrutura é futuro foco de marginais, porque as pessoas são obrigadas a exercer essa maldita profissão, e eu chamo de profissão, que é estarem assaltando, roubando e fazendo o “diabo a quatro”. Eu quero dizer: é preciso, sim, que se dê lugar digno de moradia para as pessoas. Esse Projeto que lá está é uma parceria entre Governo Federal, Governo Municipal, Governo Estadual, há recursos de todos, e eu fico surpreso que não se tenha discutido isso no passado, que não se tenha discutido a dignidade das pessoas.

Hoje, parece-me que, se não cuidarmos, vai acontecer o seguinte: vamos deixar os chamados “ricos” do Santa Fé contra os chamados “pobres” da Nazaré. Se levarem por esse caminho, estão proporcionando uma guerra entre a comunidade. Não existe contra ou a favor, tem que ser a favor da moradia digna, do respeito, da lei e da ordem. E para serem transferidas pessoas para lá, tem que se levar infraestrutura; os moradores do Santa Fé têm que contribuir, existem lideranças naquela região que tem trabalhado para isso. E aquele que se posicionar contra ou a favor está se posicionando contra Porto Alegre, contra o cidadão e contra qualquer tipo de administração organizada para aquela região. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste, colegas Vereadores, eu venho a esta tribuna hoje, em tempo de Liderança, para falar dos fatos que ocorreram ontem e hoje, com os quais eu não posso concordar. Ouvi atentamente a fala do Ver. Mauro Pinheiro, quando ele falou em segurança do bairro Rubem Berta, do bairro Leopoldina, do Jardim Imperatriz, mas eu quero dizer ao Ver. Mauro Pinheiro que isso ocorre no Petrópolis, no Santana, no Menino Deus, nós temos violência em toda a Cidade. Então, não é porque agora começou a transferência das famílias da Vila Dique - com certeza terão o nome de outro loteamento, estão bem instaladas ali na Bernardino Silveira Amorim -, não é porque agora existem três áreas que estão sendo destinadas para reassentamento da Vila Nazaré que pode a população dizer que está havendo assaltos diários naquela região, principalmente próximo ao Parque Imperatriz. Não se pode dizer que comerciantes estão sendo assaltados quatro, cinco ou seis vezes por semana só porque aquelas comunidades estão pretendendo ir - algumas já estão indo - para aquela região, até porque, se esses assaltos estão ocorrendo, não são por parte daquelas comunidades, porque elas se mudaram ontem para lá. Então, não podiam, Ver. DJ Cassiá, já estar promovendo os assaltos.

Eu quero dizer que não podemos generalizar e achar que aquelas famílias que estão sendo transferidas são marginais. Nós não podemos também dizer que a Zona Norte é um depósito de pessoas, porque eu sou da Zona Norte, conheço muito bem aquela região. A Zona Norte é o único espaço ainda que temos para construir loteamentos, e aquelas famílias foram escolhidas para a Zona Norte porque o Estatuto da Cidade diz que o reassentamento deve ser na região onde elas residem, na região onde trabalham, na região onde estudam, e essas famílias são da Zona Norte. Com referência a esses loteamentos, devemos lembrar que nós, parlamentares, devemos ir lá, sim, falar com as comunidades vizinhas e explicar que estamos construindo o loteamento - loteamento, não é clandestinidade! Dando escola, posto de saúde, educação, assistência! Principalmente uma assistência comunitária em que vão ser ensinados! Nós temos de fazer uma inclusão social, e inclusão social não se faz afastando pessoas!

Quem diz que o pobre, só porque é pobre, é marginal, e o rico não é... Por quê? Só porque ele é rico? Só porque ele tem uma casa melhor? Não é nada disso, não! Eu acho que temos que dar oportunidade, sim, para que todos tenham a sua moradia com dignidade! Há que conviver, sim, socialmente, classe média, classe baixa, classe alta, essa é a sociedade! Ninguém nasceu rico, ninguém nasceu pobre, todo o mundo nasceu igual! Eu não consigo crer que as pessoas possam fazer essa discriminação de estar agora rejeitando aquelas famílias, que só querem melhorar a sua vida, que querem criar as suas crianças, colocar em colégio decente naquela região, que querem sair de onde estão justamente pela falta de condições! A população deve, sim, ser bem informada - os arredores, os loteamentos - de que estamos levando para lá seres humanos e como tais devem ser tratados. Devemos dar oportunidade de trabalho naquela região. Claro que vamos ter que aumentar, e muito, os setores de infraestrutura, transportes, escolas, creches, isso é dever do Executivo, mas não devem afastar as famílias.

Discordo integralmente da reunião que hoje aconteceu aqui na Presidência desta Casa - está marcada uma outra reunião para o dia 23 de novembro -, porque não devemos incentivar isso. Não devemos incentivar que pessoas, comerciantes estejam tentando afastar comunidades de poderem viver melhor, não podemos condenar o morador de vila a ficar sempre morando na vila. Temos que dar oportunidade, e o nosso dever, como Vereadores, é trabalhar para que todas as comunidades tenham oportunidade de crescer, de ter moradias dignas, escolas dignas, creches e saúde. Não podemos permitir que venham pressões de comerciantes para afastar essas pessoas, que são iguais a nós, de uma comunidade, para serem incluídas na sociedade. Eu gostaria do apoio de todos os Vereadores desta Casa para fazermos um trabalho; se precisar de audiência pública, iremos lá explicar que essas famílias têm o dever de estar incluídas na sociedade. Obrigado, senhoras e senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Ver. Adeli Sell, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que acompanha esta Sessão de hoje, eu queria dizer que o Professor Eliseu Santos, Secretário Municipal da Saúde de Porto Alegre, poderia renunciar ao cargo de Secretário, poderia sair, seria um favor para o Município de Porto Alegre. O Professor Eliseu Santos, Secretário Municipal da Saúde de Porto Alegre, infelizmente não ouve o Legislativo.

Nós alertamos aqui, há pouco tempo, que a empresa que faz a segurança das unidades de saúde de Porto Alegre, anterior à Reação, tinha problemas, como teve, denunciados pelo Ministério Público, e a empresa foi afastada. Agora, a Algert - Cooperativa Brasileira de Geração de Trabalho -, mais uma empresa contratada pelo Professor Eliseu Santos, pelo Governo Municipal, mais uma tem problema. Três unidades de saúde fecharam ontem. Três fontes de atendimento de Saúde, ontem, fecharam. Por quê? Porque o Governo Municipal não pagou essa famosa cooperativa, a Algert, que é responsável pela segurança nas unidades de saúde. Não é só o jornal Diário Gaúcho que está dizendo, é a verdade que está acontecendo, Ver. Nagelstein, e V. Exª tem que se informar. Tchau, Eliseu Santos! Sua Excelência já deu o que tinha que dar! Sua Excelência já fez muito para a Cidade! Talvez o seu trabalho, no Legislativo, seja mais importante do que no Executivo. Talvez o trabalho como Vereador, como Deputado seja mais importante para perceber que, de fato, a comunidade está cobrando mais agilidade e mais responsabilidade com relação ao serviço público. Não é justo que, por falta de segurança, uma unidade de saúde feche, e dezenas, centenas de cidadãos fiquem sem atendimento médico.

Pois essa cooperativa, a Algert, que hoje está prestando serviço para o Município de Porto Alegre, está dizendo que o Governo Municipal não repassou os recursos devidos, portanto não cumpriu o contrato. Nós, agora, vamos chamar, enquanto Legislativo, nobre Presidente, a Algert aqui, para explicar à população de Porto Alegre até quando, afinal de contas, ela tem esse contrato, porque, se assim continuar, além de faltar médicos, profissionais da Saúde para poder dar a contrapartida e atender à demanda em Porto Alegre, vamos ficar sem os seguranças dessas unidades de saúde, porque estão fazendo greve por não receber o seu salário, o vale-transporte e o vale-refeição. Afinal de contas, o compromisso é de quem? Nós estamos aqui para fazer o quê? É para fiscalizar os serviços públicos, para dizer à sociedade quem é o culpado, ou simplesmente concordar com a política do Eliseu Santos?

Eliseu Santos, S. Exª disse que é candidato a Deputado Estadual, quem sabe lá S. Exª se afasta do Governo. Quem deveria fazer isso é o Governo Municipal. Quem deveria fazer isso são os Vereadores que dão base de sustentação ao seu Governo. Pois S. Exª não está cumprindo com o dever de Secretário Municipal; S. Exª tem que se afastar da Secretaria Municipal, porque está prejudicando o Governo Fogaça. As unidades de saúde estão parando por falta de segurança, porque S. Exª não está cumprindo o contrato com a cooperativa Algert, e nós ficamos aqui ouvindo a população, com razão, dizendo que não há atendimento médico à população em diversos lugares da Cidade. E aí, quando algum Vereador fica preocupado, levantando essas questões municipais, dizem que a Câmara Municipal não fiscaliza os serviços do Executivo. Ver. Dr. Raul, V. Exª sabe muito bem que três unidades de saúde pararam ontem por falta de segurança, o que ocasionou falta de atendimento médico. Exatamente por isso as unidades de saúde fecharam. Professor Eliseu, S. Exª já deu o que tinha que dar. Uma boa sorte, quem sabe S. Exª volte à Assembleia Legislativa, mas não prejudique o atual Governo, nós queremos ajudar o Governo Fogaça, fazendo com que as unidades de saúde funcionem, mas que ele mande para cá também os projetos para poder não só atender as demandas necessárias para a população, mas suprir as condições de trabalho que as unidades de saúde precisam. Uma boa sorte, Eliseu, S. Exª já deu o que tinha que dar.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, diz o artigo 229 do Regimento que o Líder, a qualquer momento da Sessão, exceto durante a Ordem do Dia, poderá usar da palavra até por cinco minutos, vedada a concessão de aparte, para a comunicação urgente e de excepcional importância de interesse da sua Bancada. A Comunicação prevista nesse artigo é prerrogativa de cada Líder e só poderá ser usada uma vez. A Comunicação também não poderá ser utilizada durante a Sessão de Instalação da Legislatura.

O nobre Ver. Aldacir José Oliboni acaba de perguntar: nós estamos aqui para fazer o quê? Há uma hora, o Presidente Adeli Sell declarou que quatro oradores fariam utilização das Comunicações - portanto seriam vinte minutos -, e nós entraríamos imediatamente na discussão do Plano Diretor. Então, pergunto eu: nós estamos aqui para fazer o quê? Para repetir todos os dias que a Saúde vai mal? Mas ela sempre foi mal, não é novidade. Nós estamos aqui para repetir críticas ao Governo todos os dias? E são as mesmas críticas. Não, nós estamos aqui para votar o Plano Diretor; nós estamos aqui para votar o Orçamento; nós estamos aqui para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Não para fazer discussão que não é profícua, que não serve para nada, que não leva a coisa nenhuma. Nós já deveríamos estar votando o Plano Diretor. Prometemos para a cidade de Porto Alegre e assinamos - está aqui o documento assinado pelos 36 Vereadores - que nós votaríamos até 15 de setembro. Não cumprimos aquilo que nós assinamos, mas estamos fazendo Comunicação de Liderança, que não tem nenhum sentido.

Sr. Presidente, eu sei que temos que fazer a Reunião Conjunta das Comissões; não sei se o problema é tão importante, mas, de qualquer forma, deve ser feita, espero que em seguida, sem grandes discussões, como se estivéssemos lá na Comissão e não em frente à televisão. Que possamos iniciar a discussão do Plano Diretor, porque prometemos para amanhã a finalização da discussão e da votação das Emendas. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): A Presidência dos trabalhos é senhor e servo do Regimento. Por isso aviso às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores que eu cumpro o Regimento. Informei que estávamos fazendo as Comunicações de Liderança, porque eu contei e não havia quórum para realizar a Comissão.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Vereador, eu não acusei V. Exª de nada.

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu estou apenas explicando, porque as pessoas que estão nos acompanhando pela TVCâmara devem entender o que está acontecendo. A Presidência é senhor e servo do Regimento.

O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, pela ordem. Eu havia me inscrito antes, não pretendo ocupar a tribuna, só pretendo, por um segundo, me dirigir ao Ver. Oliboni, pedir a ele, por favor, que desligue o celular, é importante a informação que quero passar a ele.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Isso é uma Questão de Ordem?

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Eu tenho tempo de Liderança, Vereador, desculpe-me.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Mas então V. Exª vem aqui primeiro, e eu saio da tribuna.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Não, eu não vou ocupar a tribuna, fique aí, por favor. Eu só quero dizer que na data de ontem o Ver. Adeli Sell havia perguntado sobre essa questão da Algert.

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. Haroldo de Souza.)

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Este é tempo de Liderança, Ver. Haroldo, mas eu não quero ocupar a tribuna, porque não vou usar os cinco minutos. Eu só quero dizer ao Ver. Aldacir Oliboni que na data de ontem nós ligamos, o Ver. Adeli Sell sabe disso. Eu vou aguardar o Ver. Aldacir Oliboni desligar o telefone, porque, quando se critica, depois tem que ouvir.

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Ver. Valter Nagelstein, V. Exª usou o tempo de Liderança, pela situação.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Eu não usei ainda.

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Vossa Excelência usou o tempo de Liderança. Eu não vou entrar em discussão, em bate-boca entre Vereadores.

O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, é por essas e outras coisas que eu dificilmente tenho vindo ao plenário, exatamente por isso. Eu poderia chegar aqui agora e dizer simplesmente: assino embaixo de tudo que disse o veterano e querido Ver. João Antonio Dib. Poderia dizer só isso, Ver. Mauro Zacher, atento; Ver. Beto Moesch, Ver. Valter Nagelstein, Paulinho Ruben Berta, enfim, todos Vereadores. Nós estamos aqui realmente para fazer o quê? Para dizer que o Secretário tem que sair de cena? Mas, quando na oposição, a gente não vinha “encher o saco” aqui todo o dia dizendo que a Saúde em Porto Alegre ia mal. Parece que se estabeleceu a indústria da crítica pela crítica, da oposição pela oposição, que começa no PT, termina no PSOL; começa no PSOL, termina no PT. A Governadora, recentemente, teve o pedido de impeachment arquivado. “Ah, mas foi a maioria da Assembleia!” Sequer foi cogitado impeachment para Lula na história do “mensalão”, porque ele tinha maioria no Congresso Nacional. Então, é tudo absolutamente a mesma coisa!

Eu recebo e-mails e venho muito pouco ao Plenário, mas, por favor, está na hora, como disse o Ver. João Antonio Dib, de discutirmos aqui as coisas realmente necessárias para a Cidade! Não é possível, Ver. Oliboni, que esse ranço petista continue ainda arraigado ao sangue de vocês. Ao entrarem e assumirem o comando da Presidência da República do Brasil, lotearam tudo, inclusive o meu PMDB, do facínora e famigerado José Sarney, de Temer, de Calheiros, mas não o PMDB aqui do Rio Grande do Sul, que jamais será loteado. Eu espero, senão virarei republicano no dia em que o PT e o PMDB se unirem no Estado do Rio Grande do Sul; esta seria a única opção que me restaria.

Agora, diz bem o João Antonio Dib: passa-se a tarde inteira criticando o Governo José Fogaça e, como se tivéssemos autoridade para tal, criticando a Governadora Yeda. Esperem aí, nós estamos aqui para fazer o quê? Eu não aprendi a fazer uma oposição como o PT estabeleceu neste País, Ver. Tarciso Flecha Negra. É muito difícil e complicado conviver neste meio. “Ah, mas por que o senhor está lá? Por que o senhor continua lá?” - diria alguém que está me assistindo agora. Estou aqui na tentativa de, com a maioria que tem boas intenções, Ver. DJ Cassiá, fazer uma política realmente social, e não essa política asquerosa, nojenta, que a oposição faz e estabeleceu no Estado do Rio Grande do Sul, aqui na Câmara, sistematicamente contra Fogaça e, no Estado, sistematicamente contra Yeda! Vocês não olham para o rabo de vocês e nem olham para o telhado de suas casas! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Quero dizer aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras que vou abrir tempo para Comunicação de Líder para todos os Partidos, espero que não haja mais bate-boca em Plenário. Vou repor o tempo ao Ver. Valter Nagelstein.

Anuncio a presença do Ver. Gilmar Peruzzo, da Bancada do PMDB de Nova Prata, que, para nossa honra, nos visita. Seja bem-vindo a Porto Alegre, o senhor é conterrâneo do Ver. Todeschini.

O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Sr. Presidente, eu não vou me estender. Ver. Oliboni, eu só quero dar uma informação a V. Exª, esta informação eu já havia passado ao Ver. Adeli ontem: não passou à Prefeitura o valor dos encargos trabalhistas dos colaboradores da cooperativa, por isso não pagamos a cooperativa, porque não havia os encargos trabalhistas. Ou V. Exª, por acaso, quer que nós façamos o pagamento sem respeitar os direitos dos trabalhadores? Essa é a sua pretensão? Se for, por favor, diga, e aí nós pagamos. Esta é a única razão pela qual nós não pagamos a Algert: na fatura que foi para a Prefeitura Municipal não estavam constando os direitos dos trabalhadores que trabalham na Saúde daquela cooperativa, direitos que para nós são sagrados. Mandamos de volta a fatura e pedimos que eles fizessem a correção, que incluíssem os direitos dos trabalhadores. Então, eu quero lhe pedir, por favor, que seja diligente com os assuntos da política. Se o senhor conversar dentro da sua própria Bancada... Ontem, o Ver. Adeli me trouxe esse assunto, imediatamente nós ligamos para a Secretaria da Fazenda e obtivemos essa informação. Portanto, o seu Partido já sabia disso. É mais fácil fazermos isso do que fazer política por jornal.

Eu quero agradecer as presenças de duas ilustres visitas que temos aqui: o nosso Coronel Santos, ex-Subcomandante-Geral da Brigada Militar; e a minha amiga Tânia, do Sindicato dos Servidores da Fazenda.

Agradeço este tempo para que eu pudesse fazer o devido esclarecimento. Quero dizer que concordo com o que disse o Ver. João Dib: nós já nos passamos do tempo para a votação do Plano Diretor, que estava programada para as 15h do dia de hoje. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Não havendo mais Lideranças inscritas neste momento, aproveito para apregoar o PLL nº 218/09. (Lê.): “Altera o art. 20 da Lei nº 5.811, de 08 de dezembro de 1986, que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências, passando os cargos de Diretor-Geral, Diretor de Patrimônio e Finanças e Assessor Parlamentar de Planejamento a constar como Cargos em Comissão ou Funções Gratificadas de Diretor-Geral, Diretor de Patrimônio e Finanças, Assessor Parlamentar de Planejamento, respectivamente, e dá outras providências”.

Apregoo o PR nº 042/09, da Mesa Diretora, de 19 de outubro de 2009, que altera o inciso x do parágrafo 1º do art. 1º, o art. 9-A e o parágrafo 3º do artigo 10, caput “e”.

Apregoo o PLE nº 035/09, de 16 de outubro de 2009. Este é um PLE conjunto, do Governo Municipal com a coautoria da Mesa Diretora desta Câmara Municipal: institui o Calendário de Eventos e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre. Dispõe sobre a gestão desses Calendários e revoga a legislação sobre o tema.

A Verª Sofia Cavedon solicita representar o Legislativo no “Encontro Regional Sul - Construindo um Novo Plano Nacional de Educação”, na data de hoje, das 14h às 18 horas.

Eu peço a atenção das Sras e Srs. Vereadores: havia um acordo, e ele não está sendo cumprido, e eu disse: sou senhor e servo do Regimento Interno. Continuo obedecendo ao Regimento Interno.

 A Verª Maria Celeste está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, eu não usarei, Ver. João Carlos Nedel, os cinco minutos a que teria direito como Liderança de oposição, porque acordamos uma metodologia de trabalho, que não foi cumprida por todas as Lideranças desta Casa. Portanto, reconheço a importância de manter a Liderança de oposição neste momento. E quero resgatar que, às 14h, estávamos poucos Vereadores da Comissão Especial neste Plenário para darmos quórum e cumprirmos aquilo que deliberamos na Reunião de Mesa, ou seja, entrarmos imediatamente na Reunião Conjunta de Comissões. O Presidente Adeli Sell está fazendo um grande esforço em manter esta Sessão para que imediatamente possamos entrar no Plano Diretor. Às 15h, o Ver. Adeli Sell fez uma outra solicitação para que os Vereadores da Comissão viessem ao Plenário e dessem conta da necessidade de entrarmos imediatamente no Plano Diretor. Portanto, a responsabilidade não é do Presidente, não é apenas dos Líderes; é de todos os Vereadores que compõem os trabalhos nesta Casa.

Em segundo lugar, é importante também dizer que estamos no Plenário, sim, fazendo política, e política com responsabilidade; e a oposição nesta Casa, tanto o PT como o PSOL, especialmente, tem se manifestado diversas vezes de forma mais contundente em relação ao Governo Fogaça, a oposição tem cumprido o seu papel. E não nos digam que não é de nossa responsabilidade a cidade de Porto Alegre, porque o é! Estamos aqui legitimamente representando parcelas da população que acreditam no PT e no PSOL. Portanto, temos o legítimo direito de estar aqui, de ocupar os espaços, de fazer os nossos pronunciamentos, de colocar para a população os nossos pensamentos, assim como fez a Verª Fernanda Melchionna, assim como fez o Ver. Aldacir Oliboni na tarde de hoje.

O tema da Saúde é recorrente, e nós, inclusive, solicitamos uma CPI nesta Casa para que pudéssemos investigar todas as irregularidades, desde a questão do contrato com a Reação - que foi divulgado para toda a imprensa - até à questão da propina da Secretaria da Saúde, mas não tivemos apoio da base do Governo nesta Casa! Não tivemos apoio do Prefeito Fogaça, e as irregularidades continuam acontecendo. Agora veio a questão da Algert, que é uma cooperativa e que também está ligada à Cooperativa Meta, à Cooperativa Riograndense - são todas um pool de cooperativas ligadas às mesmas pessoas, aos mesmos donos. É disto que falamos desde o início deste ano nesta Casa: da necessidade de a pauta da saúde ser priorizada aqui, de até instalarmos uma CPI.

Portanto, é legítimo o direito de os Vereadores virem a esta tribuna, como foi legítimo o direito de o Ver. Aldacir Oliboni estar aqui e dizer que, se o Secretário está cuidando apenas da sua campanha política, que o faça e deixe a Secretaria para quem quer trabalhar. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão para uma Reunião Conjunta das Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h55min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell – às 16h01min): Estão reabertos os trabalhos. Agradecemos a condução dos trabalhos da Reunião Conjunta das Comissões pelo Presidente da CCJ. (Pausa.)

Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

Convocamos a Presidência da Comissão do Plano Diretor, Ver. João Antonio Dib, bem como as senhoras e os senhores Vereadores, membros titulares da Comissão, para se fazerem presentes neste Plenário, a fim de darmos continuidade a essa importante tarefa.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h02min.)

 

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